Produção especializada de chocolate vai valorizar cadeia do cacau na Bahia




A Escola Chocolate da Floresta, iniciativa do Instituto Cabruca, situada no município de Ilhéus, recém-lançada em Salvador pelo secretário da Agricultura, Vitor Bonfim, e o presidente do instituto, Durval Libânio, vai realizar o primeiro curso entre os dias 15 e 17 de dezembro. Com o tema “Cadeia de Valor do Cacau ao Chocolate”, o curso envolverá os territórios do Litoral Sul, Baixo Sul e Rio das Contas, que englobam 53 municípios, responsáveis por 80% do cacau produzido na Bahia. “A produção especializada do chocolate vai agregar valor ao produto que já vem sendo reconhecido no cenário internacional, pela qualidade, em eventos como o Salão do Chocolate. A cadeia do cacau está começando a ganhar força, e queremos voltar a viver aquele momento de apogeu histórico da atividade no Estado”, ressaltou o secretário Vitor Bonfim.

A Bahia é o maior produtor nacional de cacau, responsável por 75% desta produção. O Estado vive momento de recuperação e retomada da produção, e investe cada vez mais em qualidade das amêndoas, matéria-prima que tem atraído chocolateiros da Europa. Para divulgar o chocolate baiano e impulsionar o desenvolvimento de toda cadeia do cacau, o secretário da Agricultura afirma que “vamos fomentar o turismo rural, revelar os caminhos da cadeia produtiva do cacau, buscando a parceria da Secretaria de Turismo, valorizando a riqueza natural do Sul da Bahia, e a qualidade do cacau baiano, como já acontece com o café”, disse.

A Escola Chocolate da Floresta foi fundada em quatro de dezembro deste ano e busca tornar o Brasil referência mundial em cacau e chocolate de origem. O objetivo é proporcionar às pessoas e empresas da região o desenvolvimento de talentos e competências em cacau e chocolate, imprimindo conceitos de sustentabilidade, qualidade, origem e inovação. “A escola marca uma evolução na atividade cacaueira da Bahia, e certamente, fará a diferença na produção de chocolate no País”, declarou Libânio. No ano em que comemora seu centenário, o Instituto Cabruca homenageia o escritor Adonias Filho, que versou sobre as riquezas da região cacaueira. A neta do escritor, herdeira de uma pequena fazenda do avô, que cultiva cacau na região, Rosita Velloso, revela que “também quero aprender a produzir chocolate de qualidade e serei uma das alunas da escola”, declarou Rosita.

O cabruca é um sistema agroflorestal que se caracteriza pelo plantio do cacau sob a sombra das árvores da Mata Atlântica, após ter sido “cabrocada”, ou seja, a mata ter sido aberta para plantação dos cacaueiros, preservando as árvores que fazem o sombreamento. O município de Camacan, no Sul da Bahia, abriga a maior Jequitibá do Brasil em área de cabruca. O Instituto do Cacau tem a missão de conciliar a produção agroflorestal de cacau, o combate à pobreza e a conservação da biodiversidade, minimizando os efeitos das mudanças climáticas globais.   

Ascom Seagri
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Seagri desenvolve planos estratégicos para incrementar cadeias produtivas

Para valorizar o amplo potencial da agropecuária baiana, estruturando cadeias produtivas importantes para o Estado, a Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), desenvolve planos agrícolas específicos que priorizam culturas consideradas estratégicas. Os planos estaduais do Coco, o Prodebon (borracha natural), e do Leite fomentam ações efetivas de médio e longo prazo para alcançar autossuficiência na produção dessas culturas. Os programas fazem parte das ações previstas no Plano Safra da Bahia 2015/2016, lançado nesta quinta-feira (13), no Bahia Othon Hotel, em Salvador. “A ideia é impulsionar culturas que possuem potencial, reorganizando a estrutura dessas cadeias e viabilizando políticas públicas de fomento à produção, e estimulando o associativismo e o cooperativismo”, explica o secretário da Agricultura da Bahia, Paulo Câmera.

Como maior produtor de coco do Brasil, a Bahia possui área plantada de 75,8 mil hectares, produção estimada em 554 milhões de frutos/ano e Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA) de R$ 273,5 milhões. Do ponto de vista social, essa atividade absorve grande contingente de mão de obra, sendo um grande fixador do homem no campo, responsável por gerar 240 mil empregos no Estado. O potencial dessa atividade no Estado, aliado à demanda nacional e mundial por derivados de coco, sobretudo da água de coco, representa a oportunidade de atração de agroindústrias para a Bahia, exigindo, consequentemente, que a cadeia produtiva esteja estruturada para atender essa necessidade.
Para tanto, foi elaborado o Plano do Coco, pela Câmara Setorial de Fibras Naturais, Subcâmara do Coco, estrutura vinculada à Seagri, fruto da ação coletiva dos principais representantes da cadeia produtiva no Estado, com objetivo de dinamizar e impulsionar a atividade, a partir de ações estratégicas de renovação e ampliação da produção.
Rebanho leiteiro
A Bahia possui rebanho bovino de cerca de 11 milhões de cabeças e desse total 1,5 milhão são de vacas leiteiras, o que coloca o Estado em terceiro lugar no ranking de rebanho leiteiro. Apesar disso, o Estado oscila entre o 23º e 25º lugares em produtividade por vaca ordenhada/ano, com a marca de 540 litros de leite, enquanto estados como Pernambuco e Alagoas produzem 1.500 litros/ano por vaca ordenhada. A produção baiana é de 1,2 bilhão de litros de leite, ao passo que o consumo interno supera o volume produzido em 400,0 milhões de litros ano. Com ações de apoio desenvolvidas nos últimos anos pelo governo do Estado, a produção baiana passou de 945 milhões de litros de leite/ano, em 2006, para 1,24 bilhão em 2011, aproximando-se dos 1,6 bilhão consumido por ano.
Para intensificar ainda mais o apoio á cadeia do leite, a Seagri elaborou, com a participação da Câmara Setorial do Leite, o Plano Estadual da Pecuária Leiteira (Plano Leite Bahia), que promove ações de disponibilização/ampliação de um novo modelo de assistência técnica especializada, da implantação de tanques de resfriamento e usinas de beneficiamento, além de um laboratório de qualidade do leite certificado pelo Ministério de Agricultura (Mapa). O Plano abrange 18 Territórios de Identidade, agrupados em cinco polos regionais por características edafoclimáticas (local, solo, clima e disponibilidade de água) semelhantes.
Prodebon
Com produção de 17,2 mil toneladas/ano de borracha seca e 33,3 mil hectares de áreas cultivadas com seringueiras, a Bahia é o segundo maior produtor do Brasil, estando atrás apenas de São Paulo. Contudo, a carência de política nacional de incentivo à produção de borracha natural provocou o declínio do setor primário dessa cadeia produtiva, com reflexos negativos para as agroindústrias locais.
Nesse contexto, aliado ao crescimento da demanda por borracha natural e à perspectiva favorável do mercado para as próximas décadas, criou-se o Programa de Desenvolvimento do Setor da Borracha Natural do Estado da Bahia (Prodebon). O programa visa alcançar a meta de implantar 100 mil hectares de seringueira até 2032, sendo 75% em sistema agroflorestais (SAF’s) e 25% em substituição de eritrina por seringueira em plantios de cacau, com recursos globais da ordem de R$ 1,6 bilhão, beneficiando cerca de 21 mil produtores, passando dos atuais 6.557 mil postos de trabalho, para 34 mil empregos gerados.

Fonte:
Ascom Seagri
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Exportações baianas fecham primeiro semestre com queda de 20,4%

Passando por um ciclo de desvalorização que se acentuou desde a segunda metade do ano passado, as exportações baianas recuaram 20,4% no primeiro semestre de 2015, atingindo US$ 3,53 bilhões contra US$ 4,43 bilhões no mesmo período de 2014. Em junho, como ao longo de todos os seis meses do ano, as exportações registraram queda, desta vez de 12,3%, comparadas a igual mês do ano anterior, alcançando US$ 652,8 milhões. As informações foram apuradas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
A desvalorização de cerca de 30% do real ante o dólar nos últimos 12 meses ainda que primordial, por garantir a rentabilidade das vendas externas em vários segmentos, ainda não foi suficiente para reverter a queda das exportações.
A redução nos preços dos produtos exportados, que alcançou no ano, em média de 13,4%, pressionou para baixo os valores dos embarques. Em alguns setores como o de derivados de petróleo, e da soja e derivados, a perda de preços chegou a 47,5%, e 24,4% respectivamente, quase que neutralizando os ganhos obtidos pelos exportadores com o câmbio.
Pesou também para o desempenho negativo das exportações no primeiro semestre, o baixo crescimento da economia mundial, e a desaceleração econômica dos países emergentes, como a Argentina, que resultaram na queda do volume físico embarcado (quantum) em 8%. A redução este ano deveu-se, essencialmente, à redução dos embarques de derivados de petróleo em 51% - devido à parada para manutenção de importante unidade produtiva na RLAM - e dos produtos químicos/petroquímicos, principalmente para os EUA, por conta do avanço da competição chinesa.
Com exceção da China, para onde as vendas externas baianas cresceram 20% - o que manteve o país como principal destino para as exportações do estado -, todos os outros principais mercados registraram queda no semestre, evidenciando o ainda pouco dinamismo da economia mundial: UE (-17%); EUA (-42%); Mercosul (-20%) e demais da América Latina (-9%).
IMPORTAÇÕES
As importações baianas voltaram a crescer em junho 21,9% (US$ 720,1 milhões), depois da queda verificada em maio. Diferentemente do ocorrido no crescimento em meses anteriores, os combustíveis não foram os responsáveis pelo aumento. Em junho, as compras de cobre (minério, catodo e ânodos) pressionaram as importações, com elevação de 432%, sendo o maior responsável pelo crescimento das compras externas do estado no mês.
Os bens de capital (máquinas e equipamentos), também registraram crescimento de 4% em junho, reforçando a tendência já verificada no ano, quando esta categoria alcançou crescimento de 9%, indicando que apesar do ambiente momentaneamente desfavorável, as empresas continuam a investir para ampliar a capacidade instalada na economia.
No semestre, as importações cresceram 9,4%, em muito calcadas no aumento das compras de combustíveis em 43%, principalmente de GNL – Gás Natural Liquefeito em 100%, utilizado em larga escala no suprimento de usinas térmicas por conta da crise hídrica. Descontadas esta categoria, no entanto, as compras externas do estado registram queda de 4,2%, no semestre, resultado do fraco desempenho da economia doméstica e redução da atividade industrial que encolheu 11% no ano até maio.
Tanto em junho como no semestre, a balança comercial da Bahia apresenta déficit, resultado do crescimento maior das importações no período. Em junho o déficit atingiu US$ 67,3 milhões, enquanto que nos seis primeiros meses do ano ele atinge US$ 1,1 bilhão.
Fonte:
ASCOM - SEI
Tel: 3115-4729


Governo garante condições sanitárias para a Bahia exportar carne para os EUA

O governo da Bahia, através da Secretaria da Agricultura e de sua Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Seagri/Adab) torna a Bahia apta para exportar carne in natura, já que possui os requisitos sanitários necessários ao pleito, diante do acordo firmado entre o Brasil e os Estados Unidos. Para o secretário da Agricultura, Paulo Câmera, a liberação para a exportação de carne in natura para os Estados Unidos, anunciada pelo Ministério da Agricultura (Mapa), representa uma grande conquista para os pecuaristas baianos e para o governo, que tem se empenhando em assegurar a sanidade animal”.
Para o diretor geral da Adab, Oziel Oliveira, essa abertura de mercado “é um ganho para o setor agropecuário brasileiro, mas principalmente para o baiano, que além de reconhecer a importância da sanidade animal e da inspeção sanitária para a economia, amplia e incentiva produção interna para novos mercados”, pontuou. A Bahia está há 18 anos sem um só caso de Febre Aftosa e desde 2001 possui o status de Livre da enfermidade com vacinação.
O diretor de Defesa Sanitária Animal da Adab, Rui leal, esclarece que antes os Estados Unidos só adquiriam carne de países que não precisavam vacinar contra a Aftosa. “Esse acordo é um avanço para a defesa agropecuária do País, pois mostra para todo o mercado externo que temos condições sanitárias de exportar carne in natura. O nosso estado possui um seguro serviço de defesa sanitária, com mecanismos de rastreabilidade da origem animal, além de possuir estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal aptos a serem habilitados para exportação”.
O secretário Paulo Câmera avalia ainda que a abertura de mercado é um incentivo a mais para que os 302 mil criadores baianos, responsáveis por um rebando de cerca de 11 milhões de animais, invistam no aumento e na melhoria genética do rebanho. “Saímos de uma seca prolongada, as pastagens e os rebanhos estão sendo recuperados”, lembra Câmara, lembrando que o governo apoia os criadores com programas de melhoria, como o Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino do Estado da Bahia (Pró-Genética), que visa promover a melhoria do rebanho e da produtividade, da renda do produtor, agregação de valor, da liquidez de reprodutores, valorização da genética com garantia de qualidade e estabelecimento de critérios de comercialização.
Segundo o Ministério da Agricultura, além da Bahia, mais 13 Unidades da Federação estão aptas para exportar carne para os Estados Unidos: Tocantins, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Sergipe.
Fonte Seagri-Ba


Exportações de carne de frango dão sinais de que haverá aumento em julho

As exportações brasileiras de carne de frango estão em ritmo mais acelerado em junho e representantes do setor torcem para que o mês possa ser o começo de uma tendência de alta para as vendas externas do produto no ano.

A média diária das exportações de carne de frango in natura brasileira, em volume, nas primeiras três semanas de junho é 22,6% superior à registrada em igual período do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Se mantida a média diária registrada até a terceira semana do mês, junho pode fechar com volume recorde da série da Secex, de 360 mil toneladas, conforme cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, em nota publicada em seu site na sexta-feira (26).

As exportações brasileiras de frango no acumulado do ano até maio registram queda de 3,1% em volume, a 1,594 milhão de toneladas. Os resultados mensais têm também ficado aquém dos registrados em meses correspondentes ao do ano passado.
“Eu apostaria que junho será o melhor junho de todos os tempos”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, à CarneTec na sexta-feira.

Martins acredita que as vendas externas possam continuar apresentando crescimento no segundo semestre, em parte como reflexo dos casos de gripe aviária que afetam concorrentes do Brasil no mercado externo.
O Brasil nunca registrou um caso da doença e, desde o início do ano, analistas e representantes do setor esperam que as ocorrências de influenza aviária em outras nações aumentem a demanda pelo produto brasileiro.

“A expectativa que se tem é de fecharmos o ano com crescimento entre 4% a 5%, tanto nas exportações quanto nos abates”, disse Martins sobre o Paraná, estado responsável por um terço das exportações totais de frango do Brasil. O presidente da Sindiavipar afirmou que o forte aumento das exportações em junho pode ser sentido pela indústria na região.
Já o presidente da Associação Paulista da Avicultura (APA), Érico Pozzer, considera cedo para apostar que junho indicará recuperação nos volumes de exportação, já que no acumulado do ano até maio as vendas externas em volume ainda estão bem aquém daquelas no ano passado.

“Se as exportações forem acima de 350 mil toneladas por mês, seria uma boa notícia”, disse ele à CarneTec, ao acrescentar que este patamar teria de se manter mensalmente, até o fim do ano, para que o cenário de vendas externas possa ser comemorado pelo setor.

Em maio, as exportações somaram cerca de 329 mil toneladas, e em abril, 337 mil toneladas, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que tem afirmado que espera recuperação das exportações de frango a partir do segundo semestre, quando tradicionalmente as vendas externas são melhores.


A Secex do MDIC informará os dados fechados da balança comercial brasileira do mês de junho, com números sobre exportações de carnes, na quarta-feira (1º), segundo informou a assessoria de imprensa.

Fonte:  CarneTec


Deságio no preço de cacau atinge nível recorde


Os números representam um deságio aproximado de US$ 500 dólares por tonelada em relação ao preço internacional 

As cotações internacionais do cacau estão vivendo um período de ascensão, mas isso não está beneficiando o produtor brasileiro. O deságio de cacau em relação ao preço internacional, na ultima quinta-feira (18), chegou a nível considerado recorde por analistas do setor. O fator pode está atribuído ao excesso de abastecimento das indústrias nacionais.    

O preço em bolsa está a cotado US$ 3279 dólares por toneladas e o dólar por sua vez, está R$3,04, porém no mercado interno, o preço praticado está na faixa de R$127,00 – R$ 135,00 a arroba, quando deveria está sendo pago aproximadamente R$ R$150,00 por arroba de cacau em amêndoas.    Os números representam um deságio aproximado de US$ 500 dólares por tonelada em relação ao preço internacional, maior nível dos últimos anos. Desde 2012 o nível mais alto de deságio no setor não ultrapassou a média de US$150. Fonte: Mercado do Cacau  


Pecuária de precisão gera 70% de redução de custos

A falta de atenção a detalhes simples como a quantidade de ração destinada ao gado pode significar milhares de reais perdidos ao longo do ano
A falta de atenção a detalhes simples como a quantidade de ração destinada ao gado pode significar milhares de reais perdidos ao longo do ano. De olho nesta oportunidade de mercado, a Casale lançou um equipamento que pode gerar uma economia de 70% nas despesas totais dos pecuaristas.
“Faça uma conta rápida. Só em desperdício perde-se pelo menos 5% da alimentação do boi. Consideremos 180 dias de semiconfinamento, cinco quilos por dia a R$ 0,90, para três mil animais e teremos um prejuízo de R$ 121 mil. Nosso menor equipamento, capaz de reduzir a zero a perda com ração e atender este volume de gado custa R$ 65 mil”, conta Celso Casale, presidente da empresa de máquinas agropecuárias que carrega seu sobrenome.
Em entrevista exclusiva ao DCI, o executivo chamou este último lançamento do mercado, intitulado Feeder SC, de “pecuária de precisão Casale”, que, segundo ele, trata-se de um distribuidor de ração inédito no mundo.
Visão de negócios


Sem dúvida, a pecuária, principalmente de corte, é o segmento de maior valor agregado no agronegócio e que tem oferecido os melhores patamares de faturamento.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), no acumulado do ano, o País exportou mais de 426 mil toneladas de carne bovina – queda de 15% em comparação com o mesmo período do ano passado. O faturamento nos quatro primeiros meses de 2015 soma US$ 1,8 bilhão, 17% abaixo de 2014. Porém, a expectativa do setor é que o quadro mude a partir do segundo semestre, com a retomada de importantes mercados, como a China e a Arábia Saudita.
Mesmo em um cenário de embarques menores que o registrado em 2014, o Indicador Esalq/BM&FBovespa, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que ontem (27) o preço do boi gordo para São Paulo fechou a R$ 146,54 por arroba, média que tem se mantido em um dos patamares mais altos dos últimos tempos.
“Nós trabalhamos especificamente com este setor, tanto de corte quanto de leite. Os preços da carne indo bem estimulam o produtor rural a investir”, afirma Casale sobre o plano de fundo que sustenta lançamentos do porte do Feeder, que entre desenvolvimento e tecnologia embarcada contou com mais de R$ 3 milhões investidos pela empresa.
Em um ano de ajustes macroeconômicos e incertezas políticas, em que fabricantes de máquinas e implementos agrícolas já trabalham com estimativas de até 40% de recuo em vendas, a Casale projeta aumento entre 10% e 15% nos resultados de 2015, justamente pelo desempenho de preços da cadeia de carnes.
O equipamento se beneficia da possibilidade de suplementar pastos na época de chuvas. “Mostramos no ano passado um protótipo e agora viemos com o equipamento, que está sendo bem aceito no mercado”, lembra o presidente. Oficialmente, o primeiro lançamento foi realizado na Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) de 2014 e na edição deste ano vieram equipamentos com novas adequações de tamanho, inclusive menores.
O produto
Dentre os diferenciais do Feeder estão o sistema de pesagem com GPS incluso e um software desenvolvido para monitorar o abastecimento e o consumo em todos os locais de distribuição, ou seja, a tecnologia tem capacidade para armazenar todos os dados durante o período de trabalho, desde a quantidade de suplementação embarcada ao horário exato em que os animais foram alimentados.
Tecnicamente, a máquina comporta três toneladas de carga, possui uma caçamba com acabamento galvanizado a fogo e fundo em inox e rosca de descarga basculante, o que facilita o transporte e a distribuição mesmo em período de chuva constante.
Pelos rebanhos do País é comum encontrar pecuaristas que não possuem as informações precisas das operações. Em geral, conseguem os melhores resultados aqueles que trabalham com coleta de dados para análise, o que dilui os riscos e reduz eventuais custos com desperdícios.
Mercado


O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão, acredita no crescimento entre 10% e 15% para o setor de máquinas para pecuária como um todo. “De fato, eles estão mais animados do que os demais segmentos, apesar da desconfiança macroeconômica”, diz.

Este nicho vai na contramão do consenso geral, uma vez que, nas projeções da Abimaq, haverá queda de entre 15% e 20% no setor de máquinas. Estevão explica que a pecuária só não consegue alavancar os resultados consolidados porque o segmento possui apenas 13% do valor total deste mercado.
“O desempenho geral do setor de máquinas e implementos vai depender do Plano Safra. Se as condições de financiamento vierem muito restritivas, pode ser que o percentual de 20% salte mais”, comenta o representante.
Em abril entrou em vigor a alta de três pontos percentuais nos juros no Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Casale conta que a companhia não sentiu impactos negativos, pois as tarifas continuam atraentes quando comparadas à inflação, diferente de outras empresas que sofreram com o reajuste.
Fonte: CNA


ADAB volta a funcionar em Floresta Azul com apoio da prefeitura



A prefeitura municipal de Floresta Azul, por meio da Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, firmou na manhã de quarta-feira, 20, um convênio de cooperação técnica com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia - ADAB/Itabuna, visando o fortalecimento das ações de defesa animal e vegetal no município.

A reunião aconteceu na sede da secretaria municipal de Agricultura, localizada na Avenida Raimundo Silva Cardoso, 188 – Centro, e contou com a presença do secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Valter Rubens Alcântara Santos; da assessora Luciana Pádua e a Gerente Técnica da ADAB-Itabuna, Mirian Santos e membros da sua equipe.
Na reunião ficou definido que a prefeitura vai colaborar no processo de reativação da ADAB em Floresta Azul (que se encontra fechada) com o espaço físico (que será na Secretaria de Agricultura) e um servidor municipal para ajudar no contato inicial com o agricultor e cadastro do mesmo, repassando todos os dados recolhidos para o escritório central, em Itabuna.

Segundo o secretário municipal de Agricultura, a parceria de cooperação é um esforço da prefeita Sandra Cardoso, que cedeu o espaço na Secretaria de Agricultura e um servidor municipal para atender o agricultor que antes precisava se deslocar até Itabuna. “Desde que o escritório local da ADAB fechou aqui em nossa cidade o pequeno agricultor precisa se deslocar por mais de 40 quilômetros para resolver qualquer problema junto ao órgão. A prefeita, em mais uma ação positiva para a nossa cidade cedeu, além do espaço aqui na secretaria, um funcionário para atender o agricultor. Acredito que até o final desse mês a ADAB já estará funcionando aqui na Secretaria de Agricultura de Floresta Azul”, disse Valter.

Texto e fotos: Ascom Floresta Azul


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