Deságio no preço de cacau atinge nível recorde


Os números representam um deságio aproximado de US$ 500 dólares por tonelada em relação ao preço internacional 

As cotações internacionais do cacau estão vivendo um período de ascensão, mas isso não está beneficiando o produtor brasileiro. O deságio de cacau em relação ao preço internacional, na ultima quinta-feira (18), chegou a nível considerado recorde por analistas do setor. O fator pode está atribuído ao excesso de abastecimento das indústrias nacionais.    

O preço em bolsa está a cotado US$ 3279 dólares por toneladas e o dólar por sua vez, está R$3,04, porém no mercado interno, o preço praticado está na faixa de R$127,00 – R$ 135,00 a arroba, quando deveria está sendo pago aproximadamente R$ R$150,00 por arroba de cacau em amêndoas.    Os números representam um deságio aproximado de US$ 500 dólares por tonelada em relação ao preço internacional, maior nível dos últimos anos. Desde 2012 o nível mais alto de deságio no setor não ultrapassou a média de US$150. Fonte: Mercado do Cacau  


Pecuária de precisão gera 70% de redução de custos

A falta de atenção a detalhes simples como a quantidade de ração destinada ao gado pode significar milhares de reais perdidos ao longo do ano
A falta de atenção a detalhes simples como a quantidade de ração destinada ao gado pode significar milhares de reais perdidos ao longo do ano. De olho nesta oportunidade de mercado, a Casale lançou um equipamento que pode gerar uma economia de 70% nas despesas totais dos pecuaristas.
“Faça uma conta rápida. Só em desperdício perde-se pelo menos 5% da alimentação do boi. Consideremos 180 dias de semiconfinamento, cinco quilos por dia a R$ 0,90, para três mil animais e teremos um prejuízo de R$ 121 mil. Nosso menor equipamento, capaz de reduzir a zero a perda com ração e atender este volume de gado custa R$ 65 mil”, conta Celso Casale, presidente da empresa de máquinas agropecuárias que carrega seu sobrenome.
Em entrevista exclusiva ao DCI, o executivo chamou este último lançamento do mercado, intitulado Feeder SC, de “pecuária de precisão Casale”, que, segundo ele, trata-se de um distribuidor de ração inédito no mundo.
Visão de negócios


Sem dúvida, a pecuária, principalmente de corte, é o segmento de maior valor agregado no agronegócio e que tem oferecido os melhores patamares de faturamento.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), no acumulado do ano, o País exportou mais de 426 mil toneladas de carne bovina – queda de 15% em comparação com o mesmo período do ano passado. O faturamento nos quatro primeiros meses de 2015 soma US$ 1,8 bilhão, 17% abaixo de 2014. Porém, a expectativa do setor é que o quadro mude a partir do segundo semestre, com a retomada de importantes mercados, como a China e a Arábia Saudita.
Mesmo em um cenário de embarques menores que o registrado em 2014, o Indicador Esalq/BM&FBovespa, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que ontem (27) o preço do boi gordo para São Paulo fechou a R$ 146,54 por arroba, média que tem se mantido em um dos patamares mais altos dos últimos tempos.
“Nós trabalhamos especificamente com este setor, tanto de corte quanto de leite. Os preços da carne indo bem estimulam o produtor rural a investir”, afirma Casale sobre o plano de fundo que sustenta lançamentos do porte do Feeder, que entre desenvolvimento e tecnologia embarcada contou com mais de R$ 3 milhões investidos pela empresa.
Em um ano de ajustes macroeconômicos e incertezas políticas, em que fabricantes de máquinas e implementos agrícolas já trabalham com estimativas de até 40% de recuo em vendas, a Casale projeta aumento entre 10% e 15% nos resultados de 2015, justamente pelo desempenho de preços da cadeia de carnes.
O equipamento se beneficia da possibilidade de suplementar pastos na época de chuvas. “Mostramos no ano passado um protótipo e agora viemos com o equipamento, que está sendo bem aceito no mercado”, lembra o presidente. Oficialmente, o primeiro lançamento foi realizado na Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) de 2014 e na edição deste ano vieram equipamentos com novas adequações de tamanho, inclusive menores.
O produto
Dentre os diferenciais do Feeder estão o sistema de pesagem com GPS incluso e um software desenvolvido para monitorar o abastecimento e o consumo em todos os locais de distribuição, ou seja, a tecnologia tem capacidade para armazenar todos os dados durante o período de trabalho, desde a quantidade de suplementação embarcada ao horário exato em que os animais foram alimentados.
Tecnicamente, a máquina comporta três toneladas de carga, possui uma caçamba com acabamento galvanizado a fogo e fundo em inox e rosca de descarga basculante, o que facilita o transporte e a distribuição mesmo em período de chuva constante.
Pelos rebanhos do País é comum encontrar pecuaristas que não possuem as informações precisas das operações. Em geral, conseguem os melhores resultados aqueles que trabalham com coleta de dados para análise, o que dilui os riscos e reduz eventuais custos com desperdícios.
Mercado


O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão, acredita no crescimento entre 10% e 15% para o setor de máquinas para pecuária como um todo. “De fato, eles estão mais animados do que os demais segmentos, apesar da desconfiança macroeconômica”, diz.

Este nicho vai na contramão do consenso geral, uma vez que, nas projeções da Abimaq, haverá queda de entre 15% e 20% no setor de máquinas. Estevão explica que a pecuária só não consegue alavancar os resultados consolidados porque o segmento possui apenas 13% do valor total deste mercado.
“O desempenho geral do setor de máquinas e implementos vai depender do Plano Safra. Se as condições de financiamento vierem muito restritivas, pode ser que o percentual de 20% salte mais”, comenta o representante.
Em abril entrou em vigor a alta de três pontos percentuais nos juros no Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Casale conta que a companhia não sentiu impactos negativos, pois as tarifas continuam atraentes quando comparadas à inflação, diferente de outras empresas que sofreram com o reajuste.
Fonte: CNA


Twitter Delicious Facebook Digg Favorites More