Seagri desenvolve planos estratégicos para incrementar cadeias produtivas

Para valorizar o amplo potencial da agropecuária baiana, estruturando cadeias produtivas importantes para o Estado, a Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), desenvolve planos agrícolas específicos que priorizam culturas consideradas estratégicas. Os planos estaduais do Coco, o Prodebon (borracha natural), e do Leite fomentam ações efetivas de médio e longo prazo para alcançar autossuficiência na produção dessas culturas. Os programas fazem parte das ações previstas no Plano Safra da Bahia 2015/2016, lançado nesta quinta-feira (13), no Bahia Othon Hotel, em Salvador. “A ideia é impulsionar culturas que possuem potencial, reorganizando a estrutura dessas cadeias e viabilizando políticas públicas de fomento à produção, e estimulando o associativismo e o cooperativismo”, explica o secretário da Agricultura da Bahia, Paulo Câmera.

Como maior produtor de coco do Brasil, a Bahia possui área plantada de 75,8 mil hectares, produção estimada em 554 milhões de frutos/ano e Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA) de R$ 273,5 milhões. Do ponto de vista social, essa atividade absorve grande contingente de mão de obra, sendo um grande fixador do homem no campo, responsável por gerar 240 mil empregos no Estado. O potencial dessa atividade no Estado, aliado à demanda nacional e mundial por derivados de coco, sobretudo da água de coco, representa a oportunidade de atração de agroindústrias para a Bahia, exigindo, consequentemente, que a cadeia produtiva esteja estruturada para atender essa necessidade.
Para tanto, foi elaborado o Plano do Coco, pela Câmara Setorial de Fibras Naturais, Subcâmara do Coco, estrutura vinculada à Seagri, fruto da ação coletiva dos principais representantes da cadeia produtiva no Estado, com objetivo de dinamizar e impulsionar a atividade, a partir de ações estratégicas de renovação e ampliação da produção.
Rebanho leiteiro
A Bahia possui rebanho bovino de cerca de 11 milhões de cabeças e desse total 1,5 milhão são de vacas leiteiras, o que coloca o Estado em terceiro lugar no ranking de rebanho leiteiro. Apesar disso, o Estado oscila entre o 23º e 25º lugares em produtividade por vaca ordenhada/ano, com a marca de 540 litros de leite, enquanto estados como Pernambuco e Alagoas produzem 1.500 litros/ano por vaca ordenhada. A produção baiana é de 1,2 bilhão de litros de leite, ao passo que o consumo interno supera o volume produzido em 400,0 milhões de litros ano. Com ações de apoio desenvolvidas nos últimos anos pelo governo do Estado, a produção baiana passou de 945 milhões de litros de leite/ano, em 2006, para 1,24 bilhão em 2011, aproximando-se dos 1,6 bilhão consumido por ano.
Para intensificar ainda mais o apoio á cadeia do leite, a Seagri elaborou, com a participação da Câmara Setorial do Leite, o Plano Estadual da Pecuária Leiteira (Plano Leite Bahia), que promove ações de disponibilização/ampliação de um novo modelo de assistência técnica especializada, da implantação de tanques de resfriamento e usinas de beneficiamento, além de um laboratório de qualidade do leite certificado pelo Ministério de Agricultura (Mapa). O Plano abrange 18 Territórios de Identidade, agrupados em cinco polos regionais por características edafoclimáticas (local, solo, clima e disponibilidade de água) semelhantes.
Prodebon
Com produção de 17,2 mil toneladas/ano de borracha seca e 33,3 mil hectares de áreas cultivadas com seringueiras, a Bahia é o segundo maior produtor do Brasil, estando atrás apenas de São Paulo. Contudo, a carência de política nacional de incentivo à produção de borracha natural provocou o declínio do setor primário dessa cadeia produtiva, com reflexos negativos para as agroindústrias locais.
Nesse contexto, aliado ao crescimento da demanda por borracha natural e à perspectiva favorável do mercado para as próximas décadas, criou-se o Programa de Desenvolvimento do Setor da Borracha Natural do Estado da Bahia (Prodebon). O programa visa alcançar a meta de implantar 100 mil hectares de seringueira até 2032, sendo 75% em sistema agroflorestais (SAF’s) e 25% em substituição de eritrina por seringueira em plantios de cacau, com recursos globais da ordem de R$ 1,6 bilhão, beneficiando cerca de 21 mil produtores, passando dos atuais 6.557 mil postos de trabalho, para 34 mil empregos gerados.

Fonte:
Ascom Seagri
Viviane Cruz – DRT-BA 4735
tEL.:(71)3115-2794 /2737/8718-2872


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