Fortalecimento da produção cacaueira é debatida em Itabuna

A Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa da Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional do Estado da Bahia (Sedir), participou de reunião na quarta-feira (21), no Hotel Tarik Fontes, em Itabuna, no sul do estado, quando foram debatidos o fortalecimento e verticalização das cadeias produtivas em âmbito rural, atuação proposta pelo programa estadual Vida Melhor nos Territórios de Identidade da Bahia.


No encontro, foi feito um alinhamento das atividades a serem desenvolvidas pelo projeto Cacau para Sempre. A reunião contou com a presença do diretor executivo da CAR, José Vivaldo Mendonça, de assessores da empresa, do coordenador executivo do Vida Melhor, Fábio Freitas, Casa Civil, e de vários representantes de entidades ligadas à agricultura familiar.


A iniciativa é uma nova ação da CAR, integrada ao Vida Melhor e será lançada em fevereiro de 2012. Visa apoiar ‘socioprodutivamente’ agricultores familiares produtores de cacau dos territórios Extremo Sul, Litoral Sul, Baixo Sul, Vale do Jequiriçá e Médio Rio de Contas.


Segundo José Vivaldo Mendonça, esse apoio será dado por meio do fortalecimento estrutural para a produção de cacau de qualidade e conservação produtiva do sistema cabruca.


“Estamos iniciando o processo de desenvolvimento do Cacau para Sempre através das articulações com comunidades. Para a região cacaueira, a intenção é elaborar uma proposta pensando na multifuncionalidade do sistema cabruca, utilizando o cacau em sua mais ampla dimensão”, ressaltou Mendonça.


Postado por: Antonio Lima    Folha da Cidade


Curso da Fenagro orienta técnicos sobre qualidade genética de bovinos

Técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia (Seagri), e de outras instituições ligadas ao segmento, participam do treinamento sobre características, qualidades genéticas das raças e manejo reprodutivo de bovinos, como parte da programação da 24ª Feira Nacional de Agropecuária (Fenagro), a ser encerrada neste domingo (4) no Parque de Exposições de Salvador.

Parte do Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro, o ‘Pró-genética’, o curso é promovido pela Seagri, em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), e tem como objetivo proporcionar a oportunidade para que os agricultores familiares melhorem seus rebanhos.

“Os técnicos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), são os principais agentes de desenvolvimento da atividade pecuária, para pequenos e médios produtores. Eles precisam saber como indicar um touro, comparando a aptidão das raças, como capacidade reprodutiva, ganho de peso e produção de leite, de acordo com o interesse comercial do produtor”, afirmou o veterinário da Seagri, Adilton Ferraz, coordenador do Pró-genética, na Bahia.

A parceria entre Seagri e ABCZ promoveu oito feiras durante o ano de 2011, de acordo com informações do gerente de Fomento ao Programa de Melhoramento Genético de Zebu (PMGZ), Lauro Fraga. “Esse ano, foram negociados 115 reprodutores de genética superior. Nossa expectativa, com auxílio da EBDA, é mostrar que a aquisição do touro de raça é economicamente viável para o agricultor familiar. Com assessoria técnica, esse agricultor pode escolher o reprodutor com as características que melhor atendam a seus objetivos”.

Por intermédio das feiras promovidas em todo o estado, o agricultor tem a oportunidade de adquirir um touro Puro de Origem, com registro genealógico definitivo, exame andrológico e atestados sanitários, “certificando a qualidade e eficiência do animal como reprodutor”, garantiu o veterinário da ABCZ, Ricardo Ruas.

Os animais podem ser financiados por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em linhas de crédito com condições especiais de pagamento. “Democratizar o melhoramento genético é dar oportunidade para o criador evoluir seu rebanho, aumentar sua lucratividade e desenvolver seu empreendimento”, completou Ruas.

SECOM | Secretaria de Comunicação Social


Cacau: um agrossistema rentável para a agricultura familiar

A cultura cacaueira, descrita em vários livros do saudoso autor Jorge Amado como grande influente na formação da sociedade sul-baiana, é um dos destaques da Feira Internacional da Agropecuária da Bahia (Fenagro), que acontece até este domingo (04), no Parque de Exposições de Salvador. Os visitantes do evento podem conferir as etapas de organização da cadeia produtiva do cacau, que é um produto altamente rentável, principalmente para os agricultores familiares, que estão explorando a cultura de forma mais sustentável.

Com o apoio da Gerência Regional da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), sediada em Itabuna, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), muitos agricultores familiares do Sul e Baixo Sul da Bahia, perceberam que a verticalização do cacau é um segmento mais rentável do que a venda apenas da amêndoa, por agregar valor ao produto.


É de Buerarema, no Sul da Bahia, a 470 quilômetros de Salvador, que vem o exemplo dessa nova exploração da cadeia produtiva do cacau. O assentamento Buíque, com Assessoria Técnica, Social e Ambiental (Ates) prestada pela EBDA, através de uma parceria com o Incra, vem produzindo e comercializando polpas de cacau e de outras frutas, além de licor de cacau, e doces. Os agricultores do Buíque receberam da Seagri, um kit para o beneficiamento das frutas produzidas na fazenda, o que vem estimulando os jovens, adultos e idosos do assentamento.


“A EBDA vem interligando esses agricultores a programas de governo, como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (Pnae), que já absorvem grande parte dessa produção, direto do agricultor”, comentou o engenheiro agrônomo da EBDA, Welligton Leite.


Implantação de SAF


Uma outra iniciativa que a EBDA vem disseminando na região sul da Bahia, é a diversificação agrícola, porém sem abandonar a cultura dos chamados “frutos de ouro”, que para o técnico da EBDA, Miranildo Góes, dono de uma vasta experiência em manejo de cacauais, “não há no mundo um outro produto com a mesma capacidade de liquidez, quanto a do cacau”.


Os técnicos dos Escritórios Locais de Ilhéus e de Camamu, juntamente com a Empresa Michelin e o Banco do Nordeste, vem implantado Sistemas Agroflorestais (SAF), na zona rural dos municípios atendidos. “Essa técnica consiste em trabalhar a produção do cacau, associada a outras culturas, sem prejuízo à cultura principal. No projeto da EBDA, os SAF’s são desenvolvidos com as culturas da seringueira, cacau e banana, intercalando outras de ciclo curto, como quiabo, feijão, milho, mandioca”, explicou Góes.


Há quatro anos, o agricultor familiar Alberto Rodrigues foi contemplado pelo projeto. Com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf - Floresta), foram introduzidas, na propriedade, 833 mudas melhoradas de cacau, 400 de seringueira e 833 pés de banana, além de outras culturas de ciclo curto. “Estou muito orgulhoso de ver o quanto esse projeto tem dado certo”, comentou o agricultor.


Para o técnico da EBDA, Osvaldo Neris, além da ampliação de renda do produtor, esse sistema reduz os riscos inerentes ao clima, mercado, pragas e doenças, facilita o manejo das culturas, e impede desmatamentos no sistema continuo de plantio, pois não é necessário à incorporação de novas áreas. “Nós implantamos o SAF em uma área de um hectare, para que o agricultor sinta a importância do projeto”, ressaltou Neris.


A expectativa da EBDA, com relação à produtividade do cacau, é que, após o período de estabilização, que acontece no sétimo ano após a implantação do projeto, seu Alberto colha, em média, 50 arrobas por ano, em um hectare de área plantada. Quanto à seringueira, a produção estimada chega a três mil quilos de coágulos/ano. “A principal preocupação da EBDA é com a qualidade de vida dos agricultores familiares. Acreditamos que a diversificação agrícola é capaz de amenizar a problemática do êxodo rural, ainda tão comum em nosso país”, ressaltou o gerente regional, Wagner Ayres.


Fonte:
EBDA/Assimp


Plantadeira econômica e ecologicamente correta é lançada na Fenagro

Um novo modelo de plantadeira de grãos e gramíneas, formulado pelo agricultor familiar Edmilson Ferreira, do município de Ibititá, em parceria com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A (EBDA), está sendo lançado durante a Fenagro 2011.
A ‘Plante Bem’, que unifica três etapas no processo de plantio, foi apresentada aos agricultores no Portal das Cadeias Produtivas, montado pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), no Parque de Exposições de Salvador, onde acontece, até o próximo domingo (4), a Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro).
Segundo Edmilson Ferreira, a plantadeira, que vem sendo desenvolvida há dois anos, diminui a agressão e compactação do solo, além de gastar menos combustível e ter um menor custo de manutenção. “A ‘Plante Bem’ pode ser usada no plantio de milho, feijão, mamona, sorgo e brachiaria. O agricultor também pode plantar e adubar ao mesmo tempo, graças aos dois compartimentos que o equipamento possui”, explica idealizador da máquina.  
O técnico da EBDA, Edmar Dourado, que auxiliou no desenvolvimento da plantadeira, explica que o produto é ecologicamente correto e que, por esse motivo, a EBDA investe na difusão da nova tecnologia. “Enquanto outras plantadeiras similares custam R$ 28 mil, a ‘Plante Bem’ custa R$ 2 mil. É acessível e o manejo é simples, uma ótima solução para a agricultura familiar”, afirma o técnico.
Os interessados podem encontrar o equipamento em exposição no estande da cadeia produtiva de Mamona, até o encerramento da Fenagro, no próximo domingo, 4 de dezembro.

Rãs/rn – 30.11.11


EBDA lança nova variedade de mamona na Fenagro 2011


O cultivo da mamona é uma das alternativas mais estáveis para o sistema produtivo dos agricultores familiares do semiárido baiano. Com intuito de fortalecer esse cenário, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), lança uma nova variedade de mamona, a EBDA MPA 34, recomendada para agricultura familiar.
 O evento acontece na próxima sexta-feira (2), às 17h, no Portal de Convivência com o Semiárido, instalado 24ª Feira Nacional de Agropecuária da Bahia (Fenagro), no Parque de Exposições de Salvador.
A nova cultivar, desenvolvida por pesquisadores e técnicos da EBDA, chega a ser 20% mais produtiva do que outras variedades similares como a Nordestina e a Paraguaçu. A EBDA MPA 34 também é totalmente adaptada ao clima do semiárido baiano e possui um fácil manejo, pois, apesar de ser de porte alto, os cachos ficam ao alcance das mãos na época da colheita.
O coordenador do programa de biodiesel da EBDA, Valfredo Vilela, explica que experimentos de campo desenvolvidos entre 2009 e 2010 por técnicos da empresa, em parceria com agricultores familiares, apontam diversos diferenciais positivos na EBDA MPA 34. “A cultivar apresenta um alto grau de esgalhamento precoce - enquanto as similares levam em torno de 48 dias para começar a criar galhos, a MPA 34 esgalha com apenas 15 dias”.
 Facilidade - Ele destaca também que a nova variedade é semideiscente, o que significa que o fruto não abre no campo, mas tem facilidade em abrir no beneficiamento, uma característica considerada ideal para mamona. Explica ainda que a nova variedade é recomendada para agricultores de toda região do semiárido baiano e norte de Minas Gerais, especialmente a região de Irecê, na Bahia, pólo produtor da oleaginosa.
 “A indicação é que os agricultores plantem a EBDA MPA 34 em consórcio com milho e feijão, para garantir a segurança alimentar e um menor desgaste dos recursos ambientais”, enfatiza Vilela. Segundo o coordenador do Programa Semeando na EBDA, Edson Alva, já estão sendo produzidas sementes da nova variedade de oleaginosa na região de Irecê, que serão distribuídas já na próxima safra, em 2012. A estimativa é de que 15 toneladas sejam direcionadas para os agricultores familiares.

30/11/11
Rãs/is


Agricultores familiares conhecem novo sistema de credenciamento para alimentação escolar


Mais de 40 agricultores familiares de todo o estado que estão expondo seus produtos na Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro), no Parque de Exposições de Salvador, participaram da palestra ministrada pelo superintendente de Organização e Atendimento da Rede Escolar da Secretaria Estadual da Educação (SEC), José Maria Dutra, sobre o novo sistema de credenciamento administrativo que viabiliza a contratação de uma só vez de diversos prestadores de serviço. 

A palestra possibilitou um maior contato com os produtores do interior, com o objetivo de ampliar o número de cooperativas credenciadas e de gêneros alimentícios ofertados à alimentação escolar.

“Tivemos uma experiência bem-sucedida este ano. O balanço é muito positivo e a aceitação dos produtos tem sido boa nas escolas. Vamos trabalhar para que, no ano que vem, o credenciamento seja ampliado para todo o estado, porque esta é uma forma menos burocrática e mais ágil de fazer a aquisição dos gêneros”, disse Dutra.

O agricultor familiar Gildeon Farias, associado à Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar do Sul da Bahia (Coofasulba), destacou os resultados positivos para a categoria desde a inclusão dos produtos na alimentação escolar. “Está sendo muito enriquecedor para nós, de Ilhéus, porque viemos de uma região em que até os grandes empreendedores nunca transformaram o cacau em produtos acabados. Esse desafio está acontecendo agora e vem gerando mais renda para nossos agricultores”.

Para participar do credenciamento, o agricultor deve apresentar um documento de aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), documentos pessoais e o plano de trabalho para fornecer os gêneros alimentícios. A iniciativa, que este ano foi realizada em Salvador e região metropolitana, vai ser ampliada para todo o estado. 





Legislação



O credenciamento é mais uma forma que a Secretaria da Educação vem adotando para garantir que, pelo menos, 30% dos recursos que chegam às escolas para a alimentação escolar sejam destinados à compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar, atendendo, assim, a lei nº 11.947/2009.

Além de mais qualidade da alimentação e adoção de hábitos saudáveis, a medida contribui para um maior desenvolvimento local sustentável. Com a expansão da lei, a expectativa é de que a agricultura familiar chegue a comercializar mais de R$ 60 milhões na Bahia.



Mais estudantes beneficiados



 Junto à melhoria da qualidade da alimentação escolar com a compra de produtos da agricultura familiar, a SEC vem ampliando o número de estudantes contemplados. Nos últimos cinco anos, o fornecimento da alimentação escolar de alunos da educação básica cresceu 79%, beneficiando cerca de 1,2 milhão de estudantes da rede estadual. Os recursos repassados tiveram um incremento de 233%, saltando de R$ 27 milhões em 2006 para aproximadamente R$ 90 milhões em 2011.

             Com a ampliação dos recursos foi possível aumentar o universo de beneficiários. A alimentação escolar passou a chegar a creches, escolas indígenas, de áreas quilombolas, de educação especial e para os participantes dos programas de educação integral, como o Mais Educação.



eas/om         30.11.11


Práticas de manejo em Arataca é referência no Brasil

Quem mora no assentamento Terra Vista, no município de Arataca, vivem em harmonia com a natureza. “A solução da gente é viver na roça, por ter o nosso local para produzir alimento e a paz que a gente vive na natureza”, diz Benedito Ferreira.

Cinquenta e cinco famílias moram no assentamento. Cada uma tem quatro hectares de onde tiram o sustento. Feijão, mandioca, banana, açaí, cacau e outros tipos de cultura. Tudo é cultivado sem o uso de produtos químicos. As práticas de manejo fazem do assentamento uma referência em agroecologia.

A planta que se decompôs vira adubo, a folha do feijão de porco ajuda a controlar o ataque de formigas, nos pés de cacau. Com convivência com a terra, os assentados adquiriram experiência, mas foi o conhecimento em sala de aula que ajudou a cada família a mudar o sistema que vivem. No assentamento estudam 675 alunos em cinco cursos técnicos e um em bacharelados em agronomia.

Cacau
O assentamento tem 904 hectares, 350 são voltados para o cultivo do cacau, principal cultura beneficiada pelo modelo natural. O fruto se desenvolve em meio ao sistema cabruca, em que a mata atlântica é preservada. Outra parte da produção se dá na área onde foram plantadas várias árvores frutíferas que ajudam a recuperar a mata ciliar. O potencial ecológico atraiu parceiros como o Instituto Cabruca oferece entre outros recursos, a capacitação.

Do próprio bioma que se desenvolve são retiradas sementes de plantas frutíferas e nativas. Elas são plantadas em um viveiro com capacidade para 100 mil mudas por ano e no local, recebem a manutenção necessária.

Fonte: G1


Reunião define grupo de trabalho que discutirá posse de terra no sul da Bahia

A Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) coordenará um Grupo de Trabalho (GT) formado por povos indígenas, produtores, assentados rurais e representantes do governo, com o intuito de buscar consenso para a complexa questão da posse de terras no extremo sul da Bahia.
Nesta segunda-feira (21), o secretário Almiro Sena se reuniu com o chefe de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais do Governo (Serin), Pedro Alcântara, com a deputada estadual Ângela Souza, e com representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) para ouvir as demandas do segmento
No encontro ficou definido que GT deverá reunir de forma igualitária todos os interessados na questão. A intenção é que sejam colocados em pauta, assuntos como a ampliação da Terra Indígena Barra Velha, nos municípios Porto Seguro e Prado.
O secretário explicou que o grupo será importante para que, sob intermediação do Estado, “indígenas e produtores rurais possam sentar-se para dialogar e compreender uns aos outros”. Sena destacou ainda o trabalho desenvolvido pelo governo, que resultou em significativa atenuação de conflitos relacionados à posse de terra na Bahia.


Homeopatia trata rebanhos da agricultura familiar

 
A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado (Seagri), apoia os trabalhos e tratamentos homeopáticos nos rebanhos da agricultura familiar e mantém um modelo de produção orgânica em pecuária na Estação Experimental de Aramari, na qual o controle das doenças dos animais é feito com o uso da homeopatia.
A especialidade médica prioriza o tratamento de cada organismo respeitando as suas particularidades, além de tratá-lo como um todo e não de um sintoma. Os veterinários da empresa Farouk Zacharias, Antônio Vicente da Silva Dias e Sinval Luz Souza já trabalham há mais de 12 anos com essa medicina. Eles aplicam seus conhecimentos em rebanhos bovinos, bubalinos, ovinos, aves e caprinos, além de capacitar técnicos e produtores.
Os tratamentos homeopáticos, comparados com os remédios tradicionais, são em torno de 50% mais baratos e evitam o estresse da contenção pelo fato dos mesmos serem ministrados dentro do sal mineral oferecido ao rebanho. “A homeopatia atua de forma natural, respeitando e estimulando os mecanismos de defesa do organismo, por meio de ações imunológicas no combate a vírus, bactérias, fungos e outros agentes causadores das doenças”, explica Zacharias.
Segundo o outro homeopata, Vicente, a “idéia é cuidar da propriedade como um todo, transformando em rotina o uso de procedimentos agroecológicos, inserindo todos os elementos num mesmo ambiente, onde a tendência é o rebanho e a natureza se beneficiarem, em um processo natural”. A EBDA também vem desenvolvendo ações voltadas para a agrohomeopatia, no controle de pragas e doenças dos principais cultivos.
Entre as diversas utilizações da homeopatia na área animal destacam-se as recomendações emanadas dos projetos de pesquisas de substâncias homeopáticas avaliadas e que se mostram eficientes no controle da tristeza parasitária em bezerros, da mosca-do-chifre, das bernes, dos carrapatos, das verminoses e também da cura da mastite,  que teve incidência reduzida consideravelmente, em razão do controle preventivo.

Origem - Descoberta e desenvolvida pelo médico alemão Samuel Hahnemann, no final do século XVIII, a homeopatia, primeiramente utilizada no tratamento de moléstias em seres humanos, tem sua eficiência comprovada no tratamento de diversas doenças nas mais distintas espécies animais. O próprio Hahnemann já medicava seus cavalos com essa terapêutica.
O Dia da Homeopatia, comemorado no dia 21 de novembro, foi oficialmente instituído em homenagem à chegada em terras brasileiras do homeopata francês  Benoit Jules Mure (1809-1858), a bordo do navio Eole, em 1840, junto com 100 famílias provenientes da França.


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