Produção de leite virou e uma alternativa de diversificação em Ibicaraí



Ibicaraí já foi um dos grandes produtores de cacau da Bahia, mas a crise na lavoura fez com que os produtores buscassem novas alternativas econômicas. Alguns deles mudaram totalmente de cultura e passaram a se dedicar a produção de leite.

Um bom exemplo vem das regiões dos Miúdos e Batista, aqui em Ibicaraí, que no passado foram uma das grandes produtoras de cacau, tem hoje o lucro garantido da produção de leite. 90% das propriedades virou pastagem. Há mais de 12 anos, com a chegada da vassoura de bruxa, a produção de cacau caiu bastante. Daí todos decidiram pegar a área de cacau e transformar em pastagem, e partindo para a produção de leite.

Uma boa parte do leite produzido nas regiões citadas e consumido na cidade, e seu transporte e feito através de motos e carros, o velho burro não faz mais este tipo de transporte.

Um dos grandes obstáculos para o crescimento da produção, é o baixo preço, que os produtores conseguem no produto, que no geral fica em torno de R$ 00,50 centavos.

Para se montar um sistema leiteiro é preciso muito trabalho e persistência e, acima de tudo, uma mão de obra motivada.

O cruzamento entre raças, funcionários qualificados e uma pastagem bem manejada garantem a qualidade do produto e, conseqüentemente, atende as expectativas do mercado.


Projeto Luz para Todos chega as regiões do Batista, Alagoas e Miúdos aqui em Ibicaraí.



Desde o ano de 2005, quando foi dado os primeiros passos para a concretização de um sonho de muitos moradores da zona rural, das regiões do Batista, Alagoas e Miúdos aqui no município de Ibicaraí, a luta e a espera foi grande. Mas, na terça feira dia 24 de maio, quando foi recebida a visita do responsável da execução da obra, Gildásio Nascimento Oliveira, que convocou uma reunião com todos os contemplados.

Nesta quarta feira dia 25 de maio, na fazenda de propriedade de Jairo Viana, foi realizada a reunião com todos os moradores beneficiado, onde foi apresentada a planta do Projeto e explicado os detalhes da execução do trabalho. Trabalho este que começa nesta quarta feira dia 25 de maio e tem um prazo máximo de ser concluir, em dezembro. Mas, se tudo caminhar normalmente, e depender das condições climáticas, a conclusão será bem antes.

O Projeto vai atender mais de 30 famílias, que vivem na zona rural, e tem um valor estimado em R$ 245.589,81 para a execução. A noticia causou muita alegria a comunidade local, e a visão de todos é que com a chegada da energia, terão uma melhor qualidade de vida. Outro ponto positivo e que a diversificação da produção será maior, e isto será possível transformar um velho sonho em realidade, de se ter uma geladeira, uma televisão, e aposentar de vez, o velho candeeiro.  

“Agora, com a energia 24 horas, nos  já podemos sonhar com dias melhores”, diz o senhor Deco, fazendeiro da região dos Miúdos.


Feira Verde de Ibicaraí completou 10 anos


Muitas pessoas que trafegam pela BR-415, Km 02, entre o município de Ibicaraí e o distrito Vila Santa Isabel, nem imaginam que, a poucos metros da rodovia, existe um projeto de horticultura, desenvolvido por agricultores familiares, com excelentes resultados. Trata-se do Feira Verde, do Programa Produzir, criado pelo Governo do Estado através das secretarias da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), e de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir).
 A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), da Seagri, e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), da Sedir, são os órgãos gestores do programa que contam ainda com o apoio da prefeitura municipal de Ibicaraí e do Banco do Nordeste.
Este ano, o projeto Feira Verde, de Ibicaraí, completou 10 anos de implantação, sob a administração da Associação Comunitária da Vila Santa Isabel, selecionada pela EBDA para participar do programa. São 32 agricultores familiares associados que plantam alface, coentro, couve, pimentão, pepino, quiabo, abóbora, salsinha, pimenta, maxixe, cenoura, beterraba, além de outros produtos, numa área de cinco hectares, cedida pela prefeitura municipal de Ibicaraí, em regime de comodato.
O presidente da Associação, Roberto Silva Souza, que obtém uma renda de quase três salários mínimos, por mês, com o comércio dos produtos, conta que os agricultores adotaram a EBDA como a “mãe do projeto”. Os produtos cultivados são comercializados em feiras livres de toda a região. “Não trocamos isso aqui por dinheiro nenhum de salário; até um carro e uma casa eu já consegui comprar”, enfatizou o presidente. Já o agricultor Givaldo de Oliveira diz que muita coisa mudou desde que se associou. “Hoje eu tenho geladeira, fogão, mais de uma televisão, parabólica, tudo com o dinheiro da venda de pimenta. E ainda sobra um dinheirinho que estou guardando para comprar minha casa.”
O chefe interino do escritório da EBDA de Ibicaraí, o técnico em agropecuária José Carlos Albernaz, informou que a empresa começou a prestar Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), antes mesmo do projeto ser implantado. Anteriormente, os agricultores plantavam em uma área sem água e próxima a um lixão. Quando surgiu o projeto, os técnicos da empresa passaram a orientar sobre a necessidade de plantar para a subsistência da família. “Só depois dessa etapa, nós orientamos a venda do excedente, para que tivesse, na atividade, mais uma opção de fonte de renda”, destacou o Albernaz. 
Outra atividade fundamental para o grupo são os cursos de capacitação para jovens e agricultoras da associação, promovidos pela técnica Maria José Souza Melo. A técnica social também tem incentivado os agricultores a voltarem a estudar e a fortalecerem o associativismo, na comunidade. Ela diz que o projeto conseguiu incluir muitas pessoas que viviam à margem da sociedade e ofereceu, além de uma fonte de renda e uma melhor alimentação, um novo entusiasmo pela vida. “Aqui, as assistências técnica e social trabalham lado a lado, e os resultados são positivos”, complementou.                                     
Modelo
O trabalho desenvolvido pelo Feira Verde de Ibicaraí já é utilizado como modelo em outros municípios. Excursões de estudantes, interessados em conhecer o trabalho da associação, visitam a área a fim de levar as experiências para as suas localidades.
No ano passado, os produtores iniciaram a comercialização dos seus produtos também para os Programas Federais de Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (Pnae). Segundo Albernaz, com isso, conseguiram levantar mais de 47 mil reais na venda de produtos para esses programas. “Cada produtor tem uma cota e vende até R$ 200 reais para o PAA, este é um dinheiro certo”, conta ele.
Com recursos próprios, a Associação já adquiriu uma bomba de maior potência e kits de irrigação. O próximo passo é comprar um veículo para o transporte dos produtos até as feiras livres e, futuramente, adquirir uma área maior para a produção. “A associação deseja comprar uma área e deixar a atual para novos agricultores que pretendam entrar no projeto, porque todos os dias tem gente batendo na nossa porta querendo participar”, diz, com otimismo, o presidente.

Redação Jamilly Rodrigues/Assimp/EBDA
Regional Itabuna/Tel.:(73) 3212-2392
Extraído do Bolog: Bahia Extra (Erasmo Barbosa)


Twitter Delicious Facebook Digg Favorites More