Café do Oeste da Bahia está perto de ganhar selo de certificação de origem

Segundo o documento oficial, o café produzido na região apresenta metodologia de produção, características e especificidades adequadas para a emissão do selo de certificação de origem, intitulado de Café do Oeste da Bahia, tendo como justificativa que “o café produzido na região delimitada, ao longo dos anos, adquiriu notoriedade, tendo sido exportado para vários países e conquistado diversos prêmios nacionais e internacionais”.
De acordo com o diretor executivo da Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé), Eudes Boaventura, mais um importante passo no trabalho de Indicação Geográfica do Café do Oeste da Bahia foi concluído. “Chegamos no penúltimo estágio do processo de autorização e liberação do selo de certificação. O próximo passo é o encaminhamento do processo ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) que chancelará a procedência do café mas, desde já, estamos trabalhando em um plano de ação de marketing para divulgar o selo de Indicação Geográfica do Café do Oeste da Bahia”, comemora Boaventura.
O INPI é o órgão responsável pela concessão de uso do selo, que será utilizado para demonstrar o valor e a identidade própria da origem do produto, além de distingui-lo em relação aos seus similares disponíveis no mercado.
Ainda de acordo com o documento, “para delimitação da área da IG, os produtores de café, através da Abacafé, propõem a área situada em altitudes superiores a 700 metros em relação ao nível do mar, estabelecida nos limites territoriais dos seguintes municípios localizados na região Oeste do Estado da Bahia: Formosa do Rio Preto, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Correntina, Jaborandi e Cocos. Vale ressaltar que apesar da região Oeste da Bahia possuir 24 municípios, não há registros de produção de café arábica fora da área delimitada”.
Fonte:  Seagri


Anvisa agiliza processo de aprovação de agrotóxicos

Sob forte pressão do Ministério da Agricultura e do setor produtivo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou 19 novos agrotóxicos e produtos equivalentes para aplicação no país só no primeiro bimestre deste ano. Em igual período do ano passado, já sob críticas por causa de uma suposta morosidade nos processos de liberação, foram apenas três.
Para aplacar a insatisfação vinda do campo, o governo já havia autorizado o Ministério da Agricultura, por meio da Medida Provisória 619/2013, a dar o sinal verde, em caráter emergencial, para importação, produção, distribuição, comercialização e uso de agrotóxicos ainda não registrados no país.
A medida teve como objetivo permitir a utilização de defensivos à base de benzoato de emamectina, voltados ao controle da lagarta Helicoverpa armigera, que ataca lavouras de grãos e algodão. Na época, era grande o movimento que defendia o esvaziamento da Anvisa e a criação de uma nova agência só voltada a avaliações de agrotóxicos.
E novas aprovações continuam a sair. Ontem, o Ministério da Agricultura publicou uma portaria (188/2014) que estabeleceu emergência fitossanitária em Minas Gerais, devido ao "baixo" nível de capacidade no combate à broca do café, e amanhã o ministro Antônio Andrade deve anunciar, em evento no Estado, a aprovação emergencial do ciantraniliprole, da DuPont, para combater o inseto. A decisão veio depois de a Anvisa proibir no país, no segundo semestre de 2013, a comercialização do endossulfam, até então o principal produto contra a praga.
Na esteira das autorizações emergenciais, o Ministério da Agricultura também está prestes a liberar o benzovindiflupir, da Syngenta, recomendado para combater a ferrugem asiática da soja. O produto está entre os que foram aprovados neste ano pela Anvisa. O Ministério da Agricultura está avaliando os últimos detalhes para publicar a bula do produto.
Mesmo com o ganho de agilidade da Anvisa, a fila de produtos à espera de análise ainda chega a 1.136, enquanto a lista de produtos que estão sendo analisados chega a 188 fórmulas. Mas o ímpeto das reclamações do setor produtivo diminuiu e a Casa Civil voltou atrás na ideia de criar uma nova agência para essas questões. Até o ano passado, a intenção da Casa Civil era criar a Comissão Técnica Nacional de Agrotóxicos (CTNAgro), subordinada a ela própria, mas com 13 membros de setores da sociedade civil e do governo federal.
Somando-se as liberações emergenciais e as regulares, o Brasil, que já é um dos maiores países consumidores de agrotóxicos do mundo, caminha para registrar vendas de 1 milhão de toneladas desses produtos em 2014. No ano passado, as vendas geraram faturamento superior a US$ 10 bilhões, 8% mais que em 2012 - quando o volume chegou a 823 mil toneladas. Um dossiê feito em 2012 pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) mostrou que, dos 50 produtos mais utilizados nas lavouras brasileiras, 22 são proibidos na União Europeia.
Nessa conta, estão declarados apenas os produtos comercializados de maneira legal. Além deles, ainda existe um mercado informal no Brasil. Segundo dados do Sindiveg, até 2010 os produtos falsificados representavam 5% das apreensões e os contrabandeados, 95%. Em 2013, o percentual de falsificados cresceu para 50%.
Mesmo com a perspectiva de consumo recorde de agrotóxicos no Brasil em 2014, o lobby para a aprovação de mais produtos continua firme e forte. Na quarta-feira passada, deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniram com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, para pedir agilidade no registro de novos defensivos genéricos para a agricultura.
- See more at: http://www.seagri.ba.gov.br/noticias/2014/03/14/anvisa-agiliza-processo-de-aprova%C3%A7%C3%A3o-de-agrot%C3%B3xicos#sthash.Fbgqkzm9.dpuf


Em busca de mais mercados para as carnes brasileiras


Em meio a um rombo recorde nas contas externas, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) intensificou as conversas com representantes do segmento de carnes para discutir formas de ampliar as exportações do Brasil.

Após a reunião que marcou sua primeira visita oficial à sede da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), em São Paulo, o secretário-executivo do ministério, Ricardo Schaefer, disse ontem a jornalistas que o Brasil pode expandir as exportações de carnes bovina, suína e de frango em 1 milhão de toneladas. Não há prazo para que essa meta seja alcançada, afirmou.
Nós acreditamos que podemos expandir as exportações em pelo menos 1 milhão de toneladas. Colocamos isso como uma meta a ser atingida", disse o secretário-executivo do Mdic. Além de Francisco Turra, da Ubabef, participaram do encontro o presidente da Associação Brasileira da Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Camardelli, e o diretor de mercado interno da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Soares Machado.
Segundo Schaefer, o esforço de coordenação para ampliar as vendas de carnes se dará a partir da meta, ainda que sem um prazo definido. "A partir dessa meta, temos uma agenda. No caso da Ásia, o setor de carnes já fez uma prospecção em Myanmar. O que falta é o governo fazer agenda específica lá. Essa é uma das ações que estão no nosso radar", afirmou ele.
Questionado sobre o porquê de firmarem uma "agenda estratégica" apenas agora, Schaefer afirmou que o encontro realizado ontem é parte de um esforço pessoal dele, que vem se encontrando com outras associações setoriais desde que assumiu o cargo em meados do ano passado. Ele negou, porém, que havia descoordenação nas tratativas.
"Não há descoordenação. O que há é uma interlocução direta do setor privado com diferentes órgãos de governo. Estamos propondo a criação de uma agenda estratégica para que possamos desenvolvê-la de maneira mais coordenada".
Um dos principais pleitos dos produtores de carnes, a abertura do mercado da Indonésia para a carne de frango do Brasil, integra a agenda estratégia definida ontem. Segundo o diretor do Departamento de Negociações Internacionais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Márcio Naves de Lima, o governo brasileiro vai "esgotar todos os canais de negociação" antes de abrir um painel contra a Indonésia na Organização Mundial de Comércio (OMC), mesmo que essa opção já esteja autorizada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) desde o fim do ano passado.
Segundo ele, o Ministério de Relações Exteriores deve enviar uma consulta ao governo indonésio sobre a abertura do mercado de carne de frango com base no Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS). Assim que consulta for enviada, a Indonésia terá 30 dias para responder. Só depois disso é que a abertura do painel voltará a ser tratada.
De acordo com Lima, um dos entraves para a abertura do mercado indonésio é a exigência de um modelo de abate "muito mais rígido que o método Halal e que vai além do Codex Alimentarium". Desse modo, afirma o diretor, essa imposição "acaba funcionando como uma barreira".
Fonte: Site do Seagri


Twitter Delicious Facebook Digg Favorites More