A comunidade indígena da Serra das Trempes II, situada no município de Una, no Sul da Bahia, participou, nos dias 30 e 31 de maio, de um curso de “Cultivo de Banana”, oferecido pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), em parceria com a prefeitura municipal de Buerarema. A capacitação foi ministrada pelo técnico da EBDA, Paulo Beline, para 15 agricultores familiares, na Escola Indígena Tupinambá, localizada na comunidade.
As atividades foram iniciadas com um ritual indígena, que, segundo o líder da comunidade, Aristeu Amaral, “atrai energias positivas para o local do evento”. A seguir, iniciou-se a apresentação de temas, como: importância da preservação do meio ambiente, escolha da área para o plantio, preparo do solo, aplicação de calagem/adubação, e plantio, manejo, colheita e beneficiamento da cultura da banana. No segundo dia, os agricultores colocaram em prática, no campo, o que aprenderam em sala de aula, com a supervisão do técnico da EBDA.
Bananeiras na região
Na região cacaueira, por muitas décadas, a bananeira serviu apenas para o sombreamento dos cacauais. Mas, com a crise do cacau e a necessidade de diversificação da produção agrícola, a banana e seus subprodutos apareceram como uma alternativa a mais para a geração de renda. “São saídas que o agricultor familiar tem para agregar valor à área de cultivo. Ao plantar com a utilização de tecnologia e manejo adequados é possível produzir e comercializar a banana, de forma satisfatória”, lembrou o técnico Beline.
A vida útil do bananal é de 12 a 15 anos, porém, em grande parte da região, a planta morre em dois ou três anos, devido à falta de técnicas apropriadas, o que facilita a proliferação de pragas e doenças. ”Plantamos de forma aleatória, sem nenhuma orientação técnica, por isso não conseguimos produzir para comercializar. Acredito que, agora, isso vai mudar”, assegurou Aristeu Amaral, que informou que a maioria dos bananais da comunidade está doente.
O secretário de Agricultura de Buerarema, Gildásio Gonzaga, explicou aos participantes como funciona o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o qual determina que, pelo menos, 30% dos produtos da merenda escolar, devem ser oriundos da agricultura familiar. “Por ser um produto de qualidade e que traz benefícios para a saúde, a banana faz parte da relação de produtos que compramos e oferecemos, em forma de doces, vitaminas, aos alunos das escolas do nosso município”, informou o secretário, incentivando os produtores a produzir a fruta.
Verticalização
No final do curso, os agricultores visitaram um estande, montado pela EBDA na comunidade, com produtos que podem ser feitos com a banana, como doces, biscoitos, bolos, bebidas, aguardente, vinagre, artesanatos, entre outros. “O nosso objetivo é incentivá-los a produzir e comercializar o fruto, não só na forma natural, como transformando-o em co-produtos, e trabalhando, dessa forma, com a verticalização da cadeia produtiva da banana”, ressaltou Beline.
Por: Jamilly Rodrigues
2 comentários:
meus pais já falecidos,cultivavam bananas como meio de renda para sustenta da familia,desde l930,prática que ainda é usada pelos herdeiros,porém agora o INEA,ÓRGÃO FISCALIZADOR DA SERRA DA tiririca,em Itaipuaçu-RJ-distrito de marica vem fazendo pressão e diz que não pode continuar por medida de lei, ainda fala que um dos motivos é que a banana não originária do BRASIL ,isso é verdade?e qual lei se enquadra,como manter a familia?
Da hora o texto. Tenhos três artigos qe talvez acrescentem ao assunto:
Mudas de banana pacovan
Doenças e pragas da bananeira: Sigatoka
Mal do panamá na bananeira
Vlw! ;-)
Postar um comentário