Agropecuaristas recorrem à Ceplac contra capim invasor



Na luta para conter a infestação do capim Sporobolus indicus, popularmente conhecido como “capim mourão”, “capim duro” ou “bufa-de-mineiro”, que está infestando as pastagens do sul baiano um grupo de agropecuaristas, liderados por Renato Monteiro e Antonio Seixas, recorreu aos pesquisadores da Ceplac. O capim invasor causa danos às pastagens e tem o mesmo efeito devastador que o capim Annoni, uma espécie de invasora que está infestando áreas de pastagem no Rio Grande do Sul e outros estados do sul e sudeste do País.

Os produtores rurais que se dizem preocupados com a incidência do capim invasor nas propriedades do município de Ibicaraí e de toda a região, já que há 10 anos vem tentando controlar a infestação em suas fazendas. “É um assunto da maior gravidade na medida em que o invasor prejudica a pastagem e o desempenho do rebanho”, afirma um dos produtores, preocupado com as conseqüências na produtividade de seu plantel.

No ultimo dia 8, as estratégias de combate à planta invasora foram debatidas no auditório do Escritório Local da Ceplac de Itabuna, contando com a participação do pesquisador José Marques Pereira, que fez uma preleção sobre as características botânicas dessa planta daninha e sobre possíveis formas de combatê-la,  para cerca de 100 produtores.
Para Marques, a degradação das pastagens, tendo como principal causa o manejo inadequado, com ênfase para o superpastejo e a falta de adubação são condições que facilitam a ação agressiva e o alastramento do capim “bufa-de-mineiro”.  Além disso, o mau manejo implica na redução da fertilidade do solo, maior compactação e menor infiltração de água, criando condições desfavoráveis para a forrageira e adequadas para a proliferação da invasora. 

O pesquisador da Ceplac disse que o capim invasor é originário da Ásia, ocorre há 15 anos no Sul da Bahia e sua touceira atinge de 0,60m a 1,20m, podendo ser da variedade anã ou gigante. Além disso, cada planta pode produzir 45 mil sementes, capazes de sobreviver por até dois anos no solo. “É um capim de baixa palatabilidade para o gado bovino, tem floração precoce e baixa produção de biomassa”, explica José Marques Pereira.

Marques acrescenta que são vetores de disseminação das sementes do capim o vento, a água, os animais e as pessoas e que os ataques começam pelas estradas. O pesquisador da Ceplac afirma que estão sendo realizados estudos para o controle químico do avanço do capim “bufa-de-mineiro”, principalmente com Glyphosato, visando definir a melhor dosagem a ser utilizada, contando com a participação dos assistentes de pesquisa da Ceplac e de dois estudante do curso de Agronomia da Uesc, bolsistas do convênio Ceplac/Fapesb/Cnpq. Os estudos devem se concluir em dezembro deste ano.

Fonte: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA CEPLAC


2 comentários:

Unknown disse...

Gostaria de saber o resultado da pesquisa pois esse capim também está infestando a região de Santo Antônio de Jesus!

Unknown disse...

Realmente essa gramínea é muito agressiva. Está dizimando propriedades, aqui,na região de Santo Antônio de Jesus. É urgente encontrar uma solução!!

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