O começo do cacau em Ibicaraí

Em 1916 Manoel Marques Primo, ao comprar o seu "roçado" localizado à margem esquerda do Rio Salgado, migrou-se com seus familiares para o então roçado, iniciando a cultura da semente do cacau na região. Em 1917, fruto dessa imigração de cultura familiar e da expansão natural do agro negócio cacaueiro, formava-se um pequeno povoado que se reunia em um barracão central, e onde eram realizados pequenos negócios e se colocava a conversa em dia. Em razão destas costumeiras reuniões, o povoado ganhou o nome de "Palestra", povoado de Itabuna. Palestra cresceu, recebeu moradores de outras famílias que se envolviam com a recém criada cultura do cacau.

De lá pra cá a cultura cresceu se tornou na maior fonte de renda do município, representando 80% da cultura local, onde fazendeiros construíram suas riquezas, e tiveram participação direta no desenvolvimento do município. Isso durou até o fim dos anos 90, quando surgiu a vassoura-de-bruxa, uma praga natural da Região Amazônica, sendo considerada uma das mais ameaçadoras do cacaueiro.

Como não se adotaram medidas de controle no aparecimento, a praga progridiu rapidamente através do vento e da água, comprometendo completamente a produção.

Daí veio a falência de muitos fazendeiro, obrigando alguns a vender seus patrimônios e migrando para os centro urbanos juntamente com os trabalhadores que dependia da cultura cacaueira. Outros que permaneceram mudaram de atividade, com outros plantios, e criações diversas de animais.